fabiobiao2122 de abr. de 20212 min de leituraA força do nichoAtualizado: 11 de mai. de 2021Estava de bobeira pelo YouTube e acabei pesquisando sobre o Festival de Parintins. Estive em Manaus, em 2019, e tive a oportunidade de acompanhar os ensaios dos grupos. Uma festa surreal! Um troço de outro mundo! Coisa que nós, do sudeste, do Rio, não fazemos ideia do que seja. De alguma forma, o fut7 é assim. Diferentemente do “boi”, que é uma representação cultural regional, fazemos parte de uma comunidade que tem atuação e representantes em todos os cantos do país. Mesmo assim, ainda somos nicho. Quem nunca viu uma cara torta ou uma pergunta assustada, quando falamos de nosso envolvimento com o esporte? Só quem é do meio entende. A festa amazonense é sensacional! Tem história, folclore, cultura, ritmo local (que se estende até os países vizinhos, nos ritmos andinos). A disputa entre os bois azul e vermelho para Manaus! O torcedor de um não fala com o torcedor do outro. É tudo muito ensaiado, estruturado, preparado. E tudo isso com uma bela capa de entretenimento! É neste ponto que quero chegar. Quando falam em “jornalismo esportivo”, sinto um peso grande. Jornalismo, para mim, envolve pesquisa, parece algo muito sério, vital. E não é. Esporte, para mim, é evento, é entretenimento, é diversão, é saúde. Claro que ninguém entra em campo para perder – nem na pelada de rua. Mas, acima de tudo, é lazer. E, por mais que haja seriedade, compromisso, camisa, história, não podemos perder isso. Assim como os amazonenses que defendem suas cores, devemos defender as nossas. Mas, antes de tudo, devemos defender a modalidade. Saber onde queremos estar, para onde queremos ir. Somente depois disso, poderemos comemorar. Se vai dar azul ou vermelho, não temos como saber. É preciso, antes, ir para a arena, mostrar serviço, encantar.Fábio Bião
Estava de bobeira pelo YouTube e acabei pesquisando sobre o Festival de Parintins. Estive em Manaus, em 2019, e tive a oportunidade de acompanhar os ensaios dos grupos. Uma festa surreal! Um troço de outro mundo! Coisa que nós, do sudeste, do Rio, não fazemos ideia do que seja. De alguma forma, o fut7 é assim. Diferentemente do “boi”, que é uma representação cultural regional, fazemos parte de uma comunidade que tem atuação e representantes em todos os cantos do país. Mesmo assim, ainda somos nicho. Quem nunca viu uma cara torta ou uma pergunta assustada, quando falamos de nosso envolvimento com o esporte? Só quem é do meio entende. A festa amazonense é sensacional! Tem história, folclore, cultura, ritmo local (que se estende até os países vizinhos, nos ritmos andinos). A disputa entre os bois azul e vermelho para Manaus! O torcedor de um não fala com o torcedor do outro. É tudo muito ensaiado, estruturado, preparado. E tudo isso com uma bela capa de entretenimento! É neste ponto que quero chegar. Quando falam em “jornalismo esportivo”, sinto um peso grande. Jornalismo, para mim, envolve pesquisa, parece algo muito sério, vital. E não é. Esporte, para mim, é evento, é entretenimento, é diversão, é saúde. Claro que ninguém entra em campo para perder – nem na pelada de rua. Mas, acima de tudo, é lazer. E, por mais que haja seriedade, compromisso, camisa, história, não podemos perder isso. Assim como os amazonenses que defendem suas cores, devemos defender as nossas. Mas, antes de tudo, devemos defender a modalidade. Saber onde queremos estar, para onde queremos ir. Somente depois disso, poderemos comemorar. Se vai dar azul ou vermelho, não temos como saber. É preciso, antes, ir para a arena, mostrar serviço, encantar.Fábio Bião